A vida imita a arte ou a arte imita a vida?
Quem achou que o desenho animado “Os Simpsons” fosse o único oráculo de nossos dias, se enganou! A série original Netflix Black Mirror estreou em 2011 e já em seu primeiro episódio marcou a cinematografia internacional. O programa alcançou um número absurdo de fãs em vários países apenas com o primeiro episódio lançado. O score pontuado pelo site Douban chegou em 9.3 ultrapassando qualquer outra produção popular norte-americana.
A série nos mostrou uma visão muito clara e objetiva do relacionamento deturpado que o homem tem consigo mesmo, com o outro e com a tecnologia. Cinco temporadas [5T], vinte e dois episódios [22E] que detalham e examinam cuidadosamente as [possíveis] consequências do uso da tecnologia, ou seja, consequências que até então, são consideradas não calculadas. Será mesmo?
Na ‘BLACK MIRROR 4’, o quinto episódio da quarta temporada da serie, chamado de MetalHead, foi ao ar em 2017 – temos uma configuração bem diferente dos outros episódios. Para quem não assistiu, um breve resumo: uma realidade pos apocalíptica, árida, destruída, homens e mulheres estão a procura de suprimentos, comida para sobreviver e são perseguidos por robôs que se assemelham aos cães. Nessa realidade conhecemos Maxine Peake, protagonista, e em todo episódio tenta fugir de um desses cachorros robóticos.
Não sabemos como tudo começou, o episódio ja inicia com uma perseguição. Não sabemos em que momento os cães robôs se tornam inimigos da raça humana. Mas o que é engraçado, [e esse é o meu gancho para comentar a ‘previsão’ feita pela série] é que nós, cidadãos do planeta terra do século XXI estamos passando por uma transformação social.
O coronavírus chegou e mudou tudo, nosso estilo de vida, nossa forma de pensar, nosso trabalho e agora, temos robôs com formato de cachorro para monitorar o distanciamento social do humanos, evitando assim a aglomeração que agora, é um grande risco de contaminação viral.
MetalHead pode ser o nosso amanhã, ja parou para pensar nisso? Pareceu conspiratório, né? Mas pense direitinho, o episódio nao nos diz como tudo começou, mas podemos inferir que o robôs não foram criados para aniquilar a raça humana. Assim como em O Exterminador do Futuro, Matrix, os robôs foram criados para cooperar com a existência humana e nós, ainda não sabemos lidar com o Inteligência Artificial, a gente não tem como saber quais são as consequências de um robô que PENSA.
Segundo os jornais, o robô de cores preto e amarelo, possuem quatro patas e tem o nome de Spot. A patente e produção é feita pela empresa Boston Dynamics, dos Estados Unidos. O robô foi criado para monitorar grandes areas e foi testado em Singapura. Com reconhecimento facial, reconhecimento espaço geográfico e velocidade, o robô se comunica com os humanos dando conselhos e orientações nas atividades e convivência em locais públicos como parques.
E advinha? O modelo demonstrado na serie é o mesmo! Olha que Insano!
De acordo com a entrevista do diretor da serie, Charlie Brooker, a EW, comentou que ficou impressionado com os robôs produzidos pela empresa Boston Dynamics, que têm um sistema de equilíbrio impressionante e dificilmente caem, mesmo quando empurrados e chutados.
E então? É ou não é um caso a se pensar?