“Se os livros têm poder de unir as pessoas, esse talvez faça isso.”
O filme “Sociedade Literária e A Torta de Casca de Batata”, produzido pela Netflix e disponibilizado nesse mês em sua plataforma, trouxe às telas o livro de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows, publicado em 2008 com sucesso de crítica e público.
A produção consegue retratar a delicadeza usada pelas autoras no livro, ao reproduzir algumas das dificuldades vividas na guerra e após ela, mostrando a beleza, simplicidade e coragem de um grupo de pessoas que juntam forças pra sobreviver e manter a sanidade diante do novo cenário em que são obrigados a viver.
Tudo começa com a união de algumas pessoas através de Elisabeth, amiga em comum entre eles, na tentativa de um espaço de fuga e aconchego em meio a invasão alemã.
A Sociedade Literária acaba se tornando um refúgio em meio ao caos, e o debate sobre livros mantém os integrantes unidos e com forças pra enfrentar a realidade.
É através de um desses livros debatidos, que Dawsey Adams resolve se corresponder com a escritora Juliet Ashton, que pra sua surpresa, decide conhecer a cidade de Guernsey, onde os integrantes vivem.
Juliet também tem seus problemas relacionados à guerra e vive uma angústia pessoal; por isso sente imediatamente uma grande empatia pelas histórias que começa a descobrir com os membros da sociedade literária e pelo lugar, inclusive novos sentimentos e descobertas sobre si mesma.
Há um segredo a respeito de acontecimentos durante a ocupação alemã, as separações inevitáveis e a força de uma mulher que tentava fazer a diferença, apesar do preço alto a se pagar. Tudo isso envolve Juliet ainda mais àquelas pessoas e instiga seu impulso de escrever sobre as histórias que foram vividas por elas.
Pessoas de almas brilhantes, a tragédia e o amor na simplicidade de um pequeno lugar e o poder enorme que a leitura tem. Uma produção que junta duas paixões -livros e história- numa sensível leitura de um período sombrio, mas que também pode despertar nas pessoas o melhor que elas podem ser.
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