Há certo desejo naqueles suspenses que quebram o padrão/status de uma família de classe média comum . No início, estão felizes, vivendo suas vidas normalmente, até que um acontecimento vira tudo de cabeça para baixo. Um assassinato, um segredo revelado, um desaparecimento: tudo já serviu como estopim para iniciar uma grande investigação que prenderá o público. Pois bem, Não Fale Com Estranhos, a série da Netflix baseada no best-seller homônimo de Harlan Coben, reúne todos esses ingredientes dentro de 8 ótimos episódios.
A minissérie estreou no streaming em 30 de janeiro de 2020.. Apesar de pouco conhecido no nosso pais tupiniquim, Corben é um escritor renomado na América do norte e em países europeus. Não Fale Com Estranhos foi muito bem adaptada como uma minissérie. O autor encaixou os oito episódios como um quebra-cabeça muito bem adaptado.
é uma história em que no começo é tudo Lindo, a família feliz, filhos atletas, Pai e mãe bem sucedidos. Adam Price (Richard Armitage, o Thorin da trilogia O Hobbit) é o pai de uma família da classe média britânica que tem uma vida perfeita: casado com uma esposa que o ama, bem-sucedido no trabalho e bem relacionado com os filhos. Tudo estava bem até que uma desconhecida (Hannah John-Kamen) aparece do nada onde seu filho treinava futebol e revela a ele um segredo capaz de acabar com o seu casamento e fazer desmoronar sua vida perfeita. Paralelo a isso, também conhecemos a detetive Johanna Griffin (Siobhan Finneran), uma mulher recém-divorciada e esta próxima de se aposentar. Sem saber o que fazer com a sua vida, ela programa uma viagem com sua amiga após a sua aposentadoria. O problema é que, dias após irem para essa viagem, a amiga é encontrada assassinada dentro de seu próprio restaurante. Agora a história fica interessante, coloca-se o ingrediente “assassinato” e somando ele a uma alpaca decapitada e um adolescente encontrado nu e inconsciente no meio da floresta depois de uma festa regada a bebida e maconha. Pronto – isso é o suficiente para nos prender pelos sete capítulos seguintes
A partir daí, novos segredos, mentiras e mais segredos são revelados .
Talvez o fato dos personagens parecerem interligados dentro de uma conspiração maior, apesar de interessante, também pode confundir um pouco quem está assistindo. São inúmeras as perguntas que buscam respostas, o que acaba afetando um pouco a experiência de quando surge uma resolução para os problemas. A própria Estranha, responsável por começar toda a reviravolta, se torna desinteressante em certo momento, mas logo retoma seu posto de antagonista, (se é que se pode chama-la assim, pois a resposta para as atitudes dela é compreensível)
Além disso, pela série se passar no interior da Inglaterra, todo mundo ali se conhece; além da Estranha, nenhum dos personagens precisa ser apresentado individualmene. Para uma comunidade tão misteriosa e cercada de segredos, todos falam muito. E são intrometidos. Desse modo, a ideia de alguém manter um segredo guardado a 7 chaves começa a parecer improvável, ou melhor dizendo, impossível.
Com tantos mistérios a serem resolvidos, o Final acaba ficando meio acelerado, mas convence por ser fiel à proposta que envolve toda a trama: alguns segredos devem ser levados para o túmulo.
Enfim, essa série é aquela série que te prende no começo, da uma relaxada ali nos episódios do meio, porém no final quando as coisas começam a se desenrolar ela volta a ser interessante.
Essa foi a dica de série, e , NÃO FALE COM ESTRANHOS.