Justiça Brutal lançamento Amazon Prime
Juntamente com esse “novo normal” que estamos vivendo, alguns filmes estão sendo lançados diretamente no streaming.
Dessa forma podemos passar despercebidos por alguns, o que estava acontecendo comigo também, mas Justiça Brutal (Dragged Across Concrete) não ia passar despercebido por muito tempo no Prime Vídeo.
O filme nos mostra a história de dois policiais, nitidamente cansados e melancólicos, Brett Ridgeman (Mel Gibson – Máquina Mortífera e O Patriota) e Anthony Lurasetti (Vince Vaughn – Penetras Bons de Bico e Os Estagiários) que estão investigando um criminoso, fazendo tocaia dentro do carro, mostrando todo o acontecimento entre eles, diálogos curtos e demorados, eles se alimentando, dormindo e um provocando ao outro.
A história não é somente centrada neles, temos logo de início o foco em Henry (Tory Kittles – Fique Rico ou Morra Tentando) que acaba de ser solto da prisão e volta a morar com a mãe, uma prostituta e o irmão que adora vídeo games, mas vive em uma cadeira de rodas.
Porém o foco crucial do filme é aquilo que todo filme de ação prega, tiroteios, assaltos, perseguições, drogas, etc., mas ele peca na tensão da história e também na corriqueira aparição de excelentes atores secundários.
Ao longo dos seus 158 minutos, Justiça Brutal levanta alguns pontos que valem ser destacados, por exemplo, o aspecto racial, quando Henry e seu parceiro Biscuit (Michael Jai White – Rede de Corrupção) se pintam de branco para assaltar um banco, pois não sabemos se o diretor está criticando ou defendendo isso ou apenas definindo ou mencionando estereótipos.
Muito pode ser visto no filme, pois os policiais querem “quebrar as regras” devido ao baixo salário, exposição nas ruas e as situações de suas famílias. Até esse contraste é diferente entre Ridgeman e Lurasetti, mas podemos perceber que não há ganância neles, está mais para um acerto de contas pelos serviços prestados.
S. Craig Zahler (Rastro da Maldade) entrega aquilo que era esperado por ser um filme longo e ambientado em gêneros e subgêneros bem definidos do cinema, porém em termos de história nada que não tenhamos vistos já.