A França se tornou bicampeã da Copa do Mundo, vencendo a Croácia por 4×2. O primeiro título foi em 1998, tendo nomes como Zidane, Thuram, Djorkaeff e companhia. Didier Deschamps, capitão em 98, se igualou ao brasileiro Zagallo e ao alemão Franz Beckenbauer, sendo campeão como jogador e técnico.
Antes da Copa do Mundo começar, a França já era dada como uma das principais favoritas. Porém, mesmo com nomes como Griezmann, Mbappé, Pogba e Kanté, os europeus não haviam feito uma grande preparação para a maior competição de seleções. Inclusive, no último amistoso da seleção francesa antes da Copa, havia tido um amargo empate contra a fraca seleção dos Estados Unidos (que nem se classificou para a competição).
Campanha da Françã
A primeira fase da França foi irregular. Na estreia, contra a Austrália, a vitória por 2×1 foi apertada, com um gol de pênalti e outro numa bola dividida. Não foi um bom começo, principalmente pelo que se esperava dos franceses. O segundo adversário foi o Peru. Com um primeiro tempo ótimo, a França abriu o placar de 1×0, e segurou na segunda etapa. No último jogo da primeira fase, contra a Dinamarca, um dos jogos mais tediosos da
Copa (se não o mais), nos ofereceu o primeiro e único 0x0 da competição.
Foi assim, cheio de dúvidas, que a França chegou à fase de mata-mata. Nas oitavas, a seleção comandada por Deschamps aproveitou a desorganização da argentina e venceu por 4×3. Mesmo com a vitória, os franceses ainda demonstravam certas deficiências. Nas quartas, tinha o Uruguai pela frente. Um adversário duro, com um jogo fechado. Com um gol de cabeça de Varane no primeiro tempo, a seleção francesa se fechou atrás. Ainda contou com a falha do goleiro uruguaio Muslera, terminando com um convincente 2×0. Nas semifinais, a França tinha, talvez pela primeira vez na Copa, um adversário grande pela frente: a Bélgica (Argentina e Uruguai tem camisas pesadas, mas com elencos bem inferiores ao francês). A geração belga havia eliminado o Brasil, e vinha confiante. A França deu a bola aos belgas, jogando defensivamente. Eis que, em um escanteio, Umtiti fez de cabeça 1×0. Se a seleção francesa já preferia jogar defensivamente antes do gol, após isso aumentou. E foi, com sua solidez defensiva, que a França chegou à final da Copa do Mundo 2018.
A final
Os franceses tinham um adversário que os especialistas não apostavam estar na final: a Croácia. Assim como havia acontecido na semifinal, a França deu a bola ao adversário nos primeiros minutos. Porém, numa falta discutível, os franceses abriram o placar com um Gol contra do croata Mario Mandzukic (o mesmo que fez o gol da classificação contra a Inglaterra, na semifinal). A Croácia respondeu rapidamente, empatando com Perisic. No final da primeira etapa, Griezmann, de pênalti, colocou os franceses de novo na frente. Mantendo sua solidez defensiva na segunda etapa, a França foi cirúrgica no ataque e marcou mais dois gols com Pogba e Mbappé. Com um cansaço evidente, a seleção croata parecia sem forças para reagir (muito por conta das 3 prorrogações que os croatas enfrentaram antes da final), enquanto que os franceses esbanjavam um poder físico. Ainda assim, numa falha grotesca do goleiro francês Lloris, Mandzukic aproveitou e diminuiu para os croatas. Sem de fato fazer uma pressão forte, os croatas tentavam com chuveirinhos na área, que eram facilmente cortados pela excelente zaga francesa. E foi com o placar de 4×2, que o jogo terminou e sagrou os franceses bicampeões.
Sem ter um jogo brilhante na Copa, a França mostrou que, às vezes, menos é mais. Se aproveitando de contra-ataques e das bolas paradas, e mantendo uma defesa sólida, os franceses conseguiram um título apresentando um futebol simples.
Destaques individuais
Varane, Umtiti e Kanté: Os zagueiros Varane e Umtiti fizeram uma campanha excepcional. Não é à toa, claro, que jogam em dois dos maiores clubes do mundo: Real Madrid e Barcelona, respectivamente. Seguros nas bolas áreas e efetivos por baixo, eles ainda foram fundamentais na bola parada ofensiva, marcando gols em momentos decisivos. Mas, a segurança defensiva da França depende muito de um nome: N’Golo Kanté. O bicampeão da Premier League, pelo Leicester e Chelsea, era o cão de guarda da defesa. Sempre preciso nos desarmes, o volante ainda era importante nas ligações diretas para o ataque.
Pogba: o criticado Paul Pogba veio para a Copa pressionado, porém, respondeu com estilo (e futebol). Com ótimos passes, o francês ditou o ritmo dos jogos, acelerando e cadenciando quando necessário. Nos contra-ataques, ele era o responsável por iniciar, dando velocidade e fazendo o passe longo.
Mbappé: Kylian Mbappé teve, certamente, a melhor atuação individual da competição, contra a Argentina, fazendo 2 gols e sofrendo pênalti. Com uma velocidade impressionante (muito importante para os contra-ataques) e com dribles desconcertantes (importantes para furar a defesa), o jovem atacante era o responsável pelas jogadas de habilidade. Ainda tinha uma importância tática: em certos momentos voltava para marcar até a linha de fundo, em outros se posicionava à frente de todos os outros jogadores franceses para ser acionado em um possível contra-ataque.
Griezmann: Preciso nos pênaltis, Antoine Griezmann foi importante na criação das jogadas. Ainda, quando o centroavante Giroud fazia o pivô, o alvo do passe era sempre Griezmann. Ele foi fundamental na parte ofensiva, visto que participou de 7 dos 14 gols da França na Copa.