O VAR (abreviação de árbitro de vídeo, em inglês) estreou no mundo do futebol na última Copa do Mundo de 2018. Junto com ele, vieram críticas positivas e negativas quanto ao uso e a agilidade dele. Portanto, deixo aqui meu parecer quanto ao uso do árbitro de vídeo nesta última competição de seleções.
É lógico que a intenção dele é boa, afinal, assistimos constantemente erros da arbitragem definindo jogos importantes. Porém, acho errado a forma com que o VAR foi iniciado: numa Copa do Mundo. Um recurso como tal, exige um aperfeiçoamento maior. Ao meu ver, ele deveria ter sido implementado em competições de menor porte antes e, após uma análise, definir se ele pode ou não ser implementado em um campeonato grande. Ou seja, a Copa do Mundo era o pior dos palcos de estreia do árbitro de vídeo possível, haja vista a importância e o tamanho desta competição.
Outro problema que noto, analisando o uso do VAR, é o fato de que ele foi utilizado, em várias ocasiões, apenas para blindar as lambanças do juiz. Vejo a utilidade do árbitro de vídeo se encaixando em momentos onde a visão do juiz não é suficiente para tomar a decisão do lance. Neste caso sim, acho o recurso importante. Em outros casos, acredito que a competência do juiz se tornará cada vez menos útil.
Não estou dizendo que o VAR deva deixar de existir, ou que ele não traz benefícios ao futebol. Muito pelo contrário, inclusive. O que acho, apenas, é que ele deva ser utilizado prol do árbitro, não na função de árbitro. No geral, mesmo com os equívocos de planejamento, concluo que o árbitro de vídeo tenha muito mais a agregar do que o contrário no futebol. Aliás, torço para que ele seja implementado no campeonato brasileiro e em outras competições o mais rápido possível.