O novo filme da Netflix já está na boca do povo, A Maldição da Mansão Bly traz um enredo misterioso cheios de fantasmas. Ao contrário do que o roteirista fez em seu trabalho anterior, “A Maldição da Residência Hill”, não há a mesma atmosfera macabra, a mesma urgência que deixava os sentidos à flor da pele. Sobra estilo e talento, em referência e reverência em “Bly Manor”. Os sustos, entretanto, são tímidos.
Não quer dizer que sejam inexistentes. A balança prende menos para o terror e mais para as relações: românticas, fraternais e familiares, no qual conectam os protagonistas. Tudo é envolvente por uma presença sobrenatural que permeias as paredes e jardins e cantos escuros de um casarão centenário marcado pela dor.
A franquia anterior adaptou o romance clássico escrito por Shirley Jackson em 1959. A atual, por sua vez, tem como ponto de partida “Volta do Parafuso”, que Henry James publicou pela primeira vez em 1898.
O ponto de partida é literal, a Mansão Bly tem como centro da narrativa dois órfãos que ficam aos cuidados de uma governanta em uma casarão no interior da Inglaterra. O texto de James foi adaptado de forma brilhante por Jack Clayton no espetacular “Os Inocentes”, de 1961, terror clássico com Deborah Kerr – que, por sua vez, inspirou “Os Outros”, com Nicole Kidman.
A temporada possui 9 episódios de uma nova história envolvendo bonecas assustadoras e corpos flutuantes.