Quando se pensa sobre o rock, muitas coisas vêm à cabeça. Roda punk, guitarras destorcidas, muito barulho e gritaria, até mesmo adoração ao satã. Não que a gente não goste, mas, o rock vai muito além do banghead. Solta o Play e vem conferir cinco álbuns para apreciar no mês do rock.
Sugestão do Redator: Ouça ouvindo a playlist Best New Prog Rock (2000 – 2020)
The Black Parade – My Chemical Romance (2006)
Falar de My Chemical Romance e não falar de The Black Parade é quase impossível. Este álbum, por mais mórbido que possa ser, possui um conceito muito interessante. Trata-se de um homem em seu leito de morte. E o mais extraordinário é que apesar disso, é formidável. Seja pela sua sonoridade, seu tom teatral, seu intelecto orquestral. O que o faz ser o favorito entre os fãs, pela crítica e, especialmente, pela própria banda.
Para você ter um gostinho antes de soltar o play, dá um confere no vídeo clipe de Welcome To The Black Parade, música que dá nome ao conceito do álbum:
Se em alguns momentos não há o que se explicar, por outro uma simplificação é necessária, são as principais figuras que se fazem importante para entender o tema abordado nesta parte do álbum:
O paciente
O rapaz está em seu leito de morte. Ele lutou pela sua vida travando uma batalha contra o câncer. Logicamente ele morreu e é daí que se vem o nome black parede, que seria uma marcha que você se junta quando morre.
As enfermeiras
Elas têm duas representações. Em certo momento elas ilustram o medo da morte. Mas também, nos últimos momentos de vida, elas são o arrependimento.
A Mãe de Guerra
Basicamente ela é o luto. Após o fim da batalha contra o câncer, ela precisa lidar com a perda. O vestido preto representa o luto em si e a máscara de gás representa a busca por lidar e sobreviver a isto.
Arcade Fire – The Suburbs (2010)
Este álbum marca o fim e inicio de décadas, talvez seja essa a ideia, talvez não. O que acontece é que The Suburbs te proporciona diversos sentimentos nostálgicos, principalmente se você foi uma criança nos anos 90.
Em outro contexto, podemos perceber este mesmo sentimento ao assistir Stranger Things, que rebusca elementos presente nos filmes de terror da década de 90 para captar a essência noventista.
Não sei você, mas, especialmente a música de abertura, que dá nome ao álbum, é o máximo deste sentimento. Crianças andando de bike na rua, se metendo em aventuras (ou encrencas) e por aí vai. Confira o álbum e nos diga o que você sente:
Synthesis – Evanescence (2017)
O Com uma ideia totalmente diferente, o Evanecsence marcou o seu retorno pelo projeto Synthesis, revivendo algumas músicas de seus álbuns anteriores, suavizando os arranjos pesados de bateria e guitarra, incluindo instrumentos de orquestra.
À princípio o álbum parece um greatest hits com algumas versões diferentes, mas, se você parar para analisa-lo, vai perceber quão intelectual e belo ele é. Outra questão que muda a percepção sobre ele, acredito eu, é ouvi-lo na versão live, ou melhor ainda, assisti-lo. Abaixo tem a música de abertura. Vale a pena uma leve comparação com a versão original, que foi extraído do álbum self-titled, de 2011. As duas versões estão aqui embaixo:
Matriz – Pitty (2019)
Quanto da bahia se pode ter em um álbum de rock? Em Matriz tem muito. A banda que vem experimentando novos instrumentos nos últimos álbuns e trazendo menos barulho e gritaria, optando por letras cada vez mais expressivas, traz um pouco da história da Pitty e da banda desde os primórdios da bahia e a longa estrada que os trouxeram até aqui.
O álbum mistura mais estilos que se pode contar, formando uma nova musicalidade. E, se você parar apenas para ouvir o que Pitty tem a cantar, prestar atenção nas letras e realmente sentir toda a expressão do álbum em seu todo, vai ver marcas expressivas da veia baiana da cantora. Confira esta apresentação de Roda com participação do BaianaSystem:
After Laughter – Paramore (2017)
Paramore e a cantora Heyley Williams passaram por diversas coisas ao longo dos anos. A banda foi um quinteto, foi um trio e atualmente está em hiato. O seu último trabalho é reflexo disso.
After Laughter traz músicas reflexivas, por vezes triste, porém, ironicamente, com sonoridade animada e dançante. A ideia do álbum é aquele momento depois de tanto rir. Confira o primeiro vídeo clipe da fase After Laughter. Aconselho acompanhar a letra:
Era isso. Bom Rock!